Guia Visual – Mergulho | Episódio #1 – Raphaela Melsohn

Esse é o Guia Visual do primeiro episódio do podcast da Piscina, onde conversei com Raphaela Melsohn, artista visual de São Paulo. Através de esculturas, gravuras, desenhos, vídeos e instalações, o trabalho da Rapha reflete as diversas formas que o nosso corpo pode ocupar e se relacionar com o espaço, criando tensões e investigando durante o processo os limites do próprio corpo e dos materiais. Fluxos, rompimentos, tensões e fissuras, são algumas das palavras que habitam o vocabulário da prática da artista.

Você pode ouvir o episódio aqui, enquanto rola a tela desse post, onde as minutagens aparecem acompanhadas das imagens e referências de algumas coisas que mencionamos ao longo do episófio.

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Idealização, roteiro e produção: Paula Plee
Edição de som e mixagem: Mariana Leão
Pesquisa de imagem: Ana Carolina Rocha
Vídeo: Matheus Almeida
Indentidade visual: Karime Zaher


Guia Visual – Episódio 1 – Raphaela Melsohn

Créditos: Instagram da artista. Foto: Danielle Yukari

2:32 - Peça “megalomaníaca” que a Rapha desenvolveu durante sua residência na Cerámica Suro, Guadalajara, MX, 2024.

Créditos da imagem: Instagram da artista.

2:38 - Cerámica Suro, Guadalajara, MX
Instagram

2:47 - menção aos artistas Érika verzutti e Paulo Nimer Pjota

Érika Verzutti, vista da exposição Tantra, Museo Experimental El Eco, Ciudad de México, MX, 2023. Foto: Pavka Segura.

4:22 - Exposição individual Cortando linha se faz espaço, LABOR, Ciudad de México, MX, 2024

5:30 – obra CUT, 2024

Raphaela Melsohn, CUT / CORTE, 2024

Estrutura de madeira e metal que oxida, acumulando marcas de clima e toque. A estrutura da porta é dividida em duas partes e gira em todas as direções, reorganizando a expografia do espaço. 200x10x300 (cada)

Wood and metal structure that will oxidate accumulating weather and touch prints. The door size structure is divided in two parts and rotates in all directions, reorganizing the space's expography. 200x10x300 (each)

9:16 - maquete de CUT

Foto: Paula Plee e cortesia da artista.

9:30 - Referência aos bichos, de Lygia Clark

10:20 / 11:01 - cartas - referências a outros artistas

Querida Lygia, obrigada pelo teu ovo (Dear Lygia, thank you for the egg), 2019
Gravura em metal
49 x 35 cm
Créditos: LeRoy Neiman center for Print Studies

10:46 - desenhos como diagramas - dia a dia do ateliê

12:10 - Carta para Vito

Vito Acconti. Foto: Justin Lane / The New York Times / Redux./ THE NEW YORK TIMES / REDUX

12:20 - trabalho no Sócrates Sculpture Park , Nova York, 2022.

12:45 - Hélio Oiticica, Subterranean Tropicália Projects: PN15 Penetrable, 1971

13:05 - carta para Hélio
Raphaela Melsohn, Querido Helio, how can I translate you?, 2022

Raphaela Melsohn, Querido Helio, how can I translate you?, 2022
Crédito: Vincent DiVito. Cortesia da artista e Socrates Sculpture Park.

15:00 - menção à Derrida - “linguagem te constitui seu modo de pensar e existir no mundo”

Jacques Derrida foi um filósofo franco-argelino. Um dos nomes do pós-estruturalismo, desenvolveu a filosofia da desconstrução e o conceito de différance. Derrida questiona a visão clássica da linguagem como um meio neutro e transparente que simplesmente espelha uma realidade já dada. Para ele, a linguagem é um sistema instável e em constante transformação, no qual os sentidos são sempre produzidos e estão em permanente deslocamento, nunca totalmente definidos.
Foto: Jacques Derrida. Crédito: Denis Dailleux / Redux.

18:09 – menção à Carl Andre

Carl Andre foi um artista norte-americano conhecido por suas esculturas minimalistas, muitas vezes compostas por materiais industriais como blocos de madeira, tijolos, placas de metal ou concreto dispostos diretamente no chão. Sua obra mais famosa é “Equivalent VIII” (1966), composta por 120 tijolos de fogo organizados em um retângulo – uma peça que gerou polêmica e debate público sobre os limites da arte. Apesar de sua importância no Minimalismo e no movimento da arte conceitual, Carl André é uma figura controversa também por motivos pessoais. Ele foi acusado de ter empurrado sua esposa, a artista cubana Ana Mendieta, de uma janela do 34º andar em 1985. Mendieta morreu na queda. André foi julgado por homicídio em 1988 e acabou absolvido por falta de provas – decisão que até hoje divide opiniões no mundo da arte.
*Sobre esse assunto, ouvir o podcast Death of an Artist, de Helen Molesworth.

18:19 - Ana Mendieta e relação com o chão

Ana Mendieta foi uma artista cubano-americana. Ela explorava temas como identidade, feminilidade, exílio e a relação entre o corpo e a natureza. Foi enviada aos Estados Unidos aos 12 anos como parte da Operação Peter Pan, um programa que relocou crianças cubanas durante a Revolução. Essa experiência de deslocamento influenciou fortemente sua obra. Mendieta é mais conhecida por suas Siluetas – uma série de performances e fotografias em que usou seu corpo para imprimir formas na paisagem, frequentemente utilizando materiais naturais como terra, sangue, fogo e água. Seu trabalho transcende categorias tradicionais, misturando performance, escultura, fotografia e vídeo.

19:45 a 20:21- trabalho que faz menção à Ana Mendieta

Raphaela Melsohn
Laying down: a tribute to Ana Mendieta, 2024
Cerâmica esmaltada / Ceramic and glaze
17 x 200 x 120 cm
Foto: Ramiro Chaves. Cortesia da artista e Labor.

20:10 - Maria Martins - gravuras
Maria Martins (1894-1973) foi uma escultora, desenhista, gravurista e escritora brasileira, reconhecida por sua contribuição ao surrealismo e por suas obras inspiradas na cultura brasileira. Sua produção artística, caracterizada por formas oníricas refletiu sua experiência no exterior e suas reflexões sobre a identidade de seu país

20:32 - Obra que participou da exposição da Piscina no Rio, Dançando na margem, 2022

21:30 - trabalhos ao fundo da exposição na Labor, On the verge of tipping

Raphaela Melsohn, On the verge of tipping, 2024.
Foto: Ramiro Chaves. Cortesia da artista e Labor,

23:10 - Exposição em portugal, maio de 2025
https://www.capcoimbra.org/exposicao/nada-acontece-duas-vezes

24:20 - peças no ateliê no chão, pequenos dutos

26:00 - obra que participou da coletiva no prédio do IAB, em São Paulo, 2021.

26:20 - exposição individual na Marli Matsumoto, 2023.

30:25 - Rapha na residência YBYTU, São Paulo, 2023.
Instagram: https://www.instagram.com/ybytu_/

32:58 - menção à David Lynch - ideias são como peixes

“Ideas are like fish. If you want to catch little fish, you can stay in the shallow water. But if you want to catch the big fish, you’ve got to go deeper. Down deep, the fish are more powerful and more pure.They’re huge and abstract. And they’re very beautiful.”

“Ideias são como peixes. Se você quer pegar peixes pequenos, pode ficar na água rasa. Mas se quiser pegar peixes grandes, precisa ir mais fundo. Lá no fundo, os peixes são mais poderosos e mais puros. São enormes e abstratos. E são muito bonitos.”

David Lynch. Catching the Big Fish: Meditation, Consciousness, and Creativity. United States: Penguin Publishing Group, 2007.

39:45 e 40:56 - menção aos dutos, reparadoxo da questão da produtibilidade e a textura dedos nas esculturas

Raphaela Melsohn
Canto, cotovelo, joelho, 2023
Foto: Ana Pigosso e cortesia da artista.

41:50 - Dutos vertical x horizontal

Ateliê da artista, 2025. Cortesia da artista.

42:02 - visão de cima dos Dutos

Dutos vistos de cima no ateliê. Foto: Cortesia da artista.

42:23 - Duto como luneta para o chão, menção ao texto enviado pela artista para a Piscina #1

43:47 - "colônia” no ateliê

Ateliê Raphaela Melsohn, 2025. Cortesia da artista.

45:14 - menção à obra de no MoMA PS1.
Ver vídeo aqui.

Pipilotti Rist
Selbstlos im Lavabad (Selfless in the Bath of Lava), 1994
Foto: Richard Wilson. Crédito: MoMA

46:50 - trabalho de mestrado em Columbia, instalação que continha um tapete feito manualmente, uma escultura e uma gravura (carta)

49:23 - menção ao trabalho da exposição da Piscina, ver 20:32
49:42
- menção à estrutura metálica - ver foto do detalhe da estrutura no slideshow acima
51:50 - menção aos Casulos

52:20 - dutos feitos por abelhas

55:25 - exposição realizada em maio em Portugal - ver 23:10
Exposição de Pedro França e Raphaela Melsohn, nada acontece duas vezes.
Curadoria de Luiza Teixeira de Freitas, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) (Coimbra, Portugal), 2025.
https://www.capcoimbra.org/exposicao/nada-acontece-duas-vezes