Guia Visual – Mergulho | Episódio #3 – Carolina Martinez

Esse é Guia Visual do terceiro episódio do Mergulho – Podcast da Piscina, no qual converso com Carolina Martinez, artista visual do Rio de Janeiro que tem a cor como eixo central de sua prática. Mais que um elemento compositivo, a cor estrutura espaços que tensionam realidade e memória e evocam dimensões oníricas e espirituais, refletindo sobre o que é  imponderável e impalpável. Com formação em arquitetura, Carolina traz referências arquitetônicas em seus trabalhos, seja através da representação de espaços, seja através da escolha dos suportes e de suas proporções. Além da cor, a materialidade é outro dado bastante importante na produção da artista, que faz uso de diferentes materiais, como madeira, cimento e cerâmica.

Você pode ouvir o episódio aqui, enquanto rola a tela desse post, onde as minutagens aparecem acompanhadas das imagens e referências de algumas coisas que mencionamos ao longo do episódio.

O podcast da Piscina é uma produção totalmente independente. Clique aqui para apoiar.
Idealização, roteiro e produção: Paula Plee
Edição de som e mixagem: Mariana Leão
Vídeo: Matheus Almeida
Indentidade visual: Karime Zaher

Carolina Martinez em seu ateliê, 2025. Foto: Demian Jacob.

1:20 - A cor do tempo, individual de Carolina Martinez, no Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro.

3:12 - EAV Parque Lage. A Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) é uma instituição de ensino de artes localizada no Jardim Botânico e foi fundada em 1975 por Rubens Gerchman, oferecendo uma alternativa ao ensino acadêmico tradicional de artes, com foco em experimentação, interdisciplinaridade e liberdade de criação.

4:12 - Katie van Scherpenberg (São Paulo, SP, 1940 - Rio de Janeiro, RJ, 2025). Recentemente a galeria Galatea apresentou uma individual da artista em São Paulo.

Katie van Scherpenberg, Portal (1999). Courtesia da artista e Cecilia Brunson Projects. Via artnet.

4:14 - Luiz Ernesto (Rio de Janeiro, RJ, 1955)

4:16 - Daniel Senise (Rio de Janeiro, RJ, 1955) e Ivair Reinaldim.

4:49 - Terrain Vague, conceito formulado por Ignasi de Solà-Morales (Barcelona, 1942 – Amsterdã, 2001), que se refere a espaços urbanos vazios, abandonados ou indefinidos – margens, ruínas, terrenos baldios – que escapam ao controle e à lógica produtiva da cidade. Para o autor, esses lugares carregam potencial poético e crítico, pois revelam o inconsciente urbano e abrem possibilidades para novos usos, percepções e formas de habitar o espaço.

5:15 - Salão de Artes de Ribeirão Preto – SARP, salão anual promovido pela prefeitura de Ribeirão Preto desde 1975. Muitos jovens artistas brasileiros passaram pelo salão.

5:27 - Bhering - Carol se refere aqui à Fábrica Bhering, antigo prédio industrial da década de 1930, localizado no bairro de Santo Cristo, no Rio de Janeiro, que abrigou uma fábrica de chocolates e cafés. Hoje, foi transformada em um polo de economia criativa, reunindo ateliês, galerias, cafés e eventos culturais.

Fachada da antiga fábrica. (Divulgação/Divulgação). Via Veja Rio.

6:50 - obras realizadas sobre laminado de madeira.

Carolina Martinez, trabalhos realizados sobre folhado de madeira, c.2010. Foto: Demian Jacob.

7:35 - trabalhos com paleta de cor mais rebaixada, realizados por volta de 2010-15

7:43 - Scovino - aqui Carol se refere ao curador Felipe Scovino, que escreveu o texto e fez a curadoria de sua exposição individual Às Avessas, 2013 na galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro.

Vista da exposição Às Avessas, galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, 2013.

9:15 - obra da série Perímetros:

Carolina Martinez, Sem título, da série Perímetros, 2025. Foto: Demian Jacob.

12:08 - Cor “pergaminho” – utilizada pela artista desde o início de sua trajetória até os trabalhos mais recentes. A cor foi usada como base nas paredes da exposição A cor do tempo.

12:48 - Exposição Alvorada Galerie Ilian Rebei, Paris - França, 2022. Curadoria: Fernanda Lopes. Clique aqui para ler o texto.

13:25 - Exposição Todavia, Caminhar, Galeria Marilia Razuk, São Paulo, 2023. Curadoria: Diego Matos. Clique aqui para ler o texto.

12:32 - Trabalhos em placas de cimento

Carolina Martinez, Inundação, 2024. Acrílica sobre cimento, 40 x 40 cm. Foto: Demian Jacob.

14:55 - “exposição no Jaime", aqui Carol se refere à exposição Vagar pelos dias sem ler as horas, Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, 2024. Curadoria: Daniela Labra.

14:35 - Quando Carol menciona que começou a “a pintar esses sóis”, ela se refere a trabalhos que apresentam a inserção de uma forma circular, como alguns trabalhos que aparecem na exposição acima ou como nos exemplos abaixo:

17:06 - “Barragán e arquitetura mexicana".
Luis Barragán (1902–1988), arquiteto mexicano que contribuiu enormemente para o legado da arquitetura foi, de certa forma, “deixado de lado” dentro do cânone da aquitetura moderna racional e funcionalista, devido à incorporação em seus projetos de elementos da cultura tradicional mexicana, da espiritualidade, das cores, da luz e até mesmo do silêncio, aspectos que pareciam alheios aos preceitos seguidos com rigor pelos arquitetos modernos. 

18:12 - tijolos de adobe e "tapete” realizado na exposição Vagar pelos dias sem ler as horas, Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, 2024.

Vista da exposição Vagar pelos dias sem ler as horas, Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, 2024. Foto: Rafael Salim.

18:30 - “criei um semi-círculo que direcionava o percurso”

Vista da exposição Vagar pelos dias sem ler as horas, Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, 2024. Foto: Rafael Salim.

18:52 - “meia parede no terceiro andar”

Vista da exposição Vagar pelos dias sem ler as horas, Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro, 2024. Foto: Rafael Salim.

19:32 - “nuvem branca” impressa no azulejo

21:10 - trabalhos novos com cerâmica - "caixinhas”

Carolina Martinez, Comtemplação, 2025. Óleo, acrílica e cerâmica sobre madeira. 40 x 20 x 5 cm. Foto: Demian Jacob.

22:25 - “homenagem aos plissados da Lina” - Carol se refere aqui ao trabalho Dobras da cor (2025), uma homenagem aos painéis pré-fabricados de argamassa armada utilizados em projetos da arquiteta Lina Bo Bardi como o restaurante Coati e a Casa do Benin, ambos em Salvador, desenvolvidos em parceria com João Filgueiras Lima, o Lelé.

25:56 - trabalhos em que a artista traz a cerâmica “colada” à tela

26:18 - trabalhos da série “atrasinhos”

Carolina Martinez, Clareira, 2025. Azulejo cerâmico com pintura em engobe. 20 x 20 cm. Foto: Demian Jacob.

27:28 - múltiplo Toda vida - série inspirada na espiral áurea

30:45 - Polaroids com filmes antigos, já mofados que a artista usou como base para trabalhos. Na exposição A cor do tempo, estão reunidas algumas dessas polaroids junto a desenhos e colagens realizadas à época:

32:55 - Vista do ateliê com alguns dos trabalhos "grandes” mencionados:

Vista do ateliê de Carolina Martinez, 2025. Foto: Demian Jacob.